Rafael, aos 20 anos, se prepara para defender o Na Vila Belmiro, não se fala mais em contratar um goleiro. Graças às boas atuações de Rafael, a diretoria esqueceu o assunto. O jovem se prepara para ser o camisa 1 do Peixe na Taça Libertadores de 2011. Imensa responsabilidade para quem tem apenas 20 anos e iniciou o ano como o quarto goleiro da equipe, ainda se recuperando de uma fratura na perna, sofrida durante treino no CT Rei Pelé no ano anterior.
De repente, o caminho se abriu para a revelação alvinegra. Fábio Costa, considerado ídolo, acabou ficando sem clima no clube e foi emprestado para o Atlético-MG. Felipe, reserva imediato, começou a apresentar falhas ainda no início do Brasileiro e acabou sacrificado após derrota para o Corinthians, por 4 a 2, na quinta rodada. No jogo seguinte, contra o Cruzeiro, Rafael já era o titular. Atuou inclusive nas finais da Copa do Brasil, contra o Vitória. Conquistou o título jogando.
Diego Cavalieri (Cesena-ITA), Dida (sem clube), Renan (Internacional), Edson Bastos (Coritiba) haviam sido sondados, mas essa procura foi perdendo força à medida que Rafael ia se consolidando. De repente, a busca parou.
- Hoje, o camisa 1 sou eu. Não sei o que pode acontecer mais para frente. Por isso, tenho de me manter como titular jogo a jogo. Atuo numa posição complicada. Goleiro não pode errar nunca - diz.
Sobre a responsabilidade de defender o gol santista na Libertadores, o jogador se diz tranquilo, apesar da pouca idade.
- Isso não me assusta. Depende só de mim.
Seleção
Rafael tem idade olímpica, mas apesar das boas atuações no Brasileirão ele ainda não foi lembrado pelo técnico da Seleção Brasileira, Mano Menezes. Pelas notas do Troféu Armando Nogueira, o santista é o sexto melhor goleiro do Brasileirão: 6,09 de média. É a segunda melhor do Peixe. Perde apenas para Neymar, que tem 6,22.
Rafael foi eleito goleiro da 32ª rodada. Fez ótimas defesas contra o Internacional e teve nota 8.
- Não me preocupo por ainda não ter sido convocado. Eu tenho consciência de que estou fazendo bem o meu trabalho. Se a oportunidade vier, vou agarrar. Caso contrário, vou continuar trabalhando da mesma forma.
