Um dia após a vitória do São Paulo sobre o Atlético-PR por 2 a 1, na Arena Barueri, Miranda estava com um largo sorriso. Afinal, depois de quase sete meses sem marcar um gol, ele voltou a balançar a rede com a camisa tricolor, fazendo o seu primeiro neste Brasileiro (assista ao vídeo). Bom para o time e para João Vitor, de cinco anos, que já estava esperando o seu golzinho há tanto tempo.
- Estava com saudades de fazer gols. E a cobrança lá em casa estava grande, pois o último gol que fiz dediquei ao meu filho Lucas, que hoje tem nove meses. E o João Vitor toda hora me perguntava: ' e o meu gol, papai? Quando vai sair?' - sorriu o zagueiro.

Miranda não deixou de agradecer a Dagoberto e ao técnico Paulo César Carpegiani pelo gol. Ao primeiro pela cobrança de falta precisa, na cabeça do camisa 5. E ao comandante por ter passado ao grupo todos os detalhes do adversário, que treinou durante a maior parte do Brasileirão. O treinador também tem dado muita atenção às jogadas ensaiadas nos treinos, o que possibilitou o gol de cabeça do zagueiro.
- O Carpegiani fez a diferença sim. Ele conhecia o Atlético e passou todos os dados para nós. Não tivemos surpresas, o que ele passou aconteceu. O gol saiu em uma jogada treinada. O Dagoberto cobrou com perfeição, e eu estava bem colocado - explicou.
O último gol de Miranda pelo São Paulo havia sido contra o Santo André, na vitória por 3 a 1, em abril, pelo Paulistão. Mas ele garante que o jejum longo só permaneceu nos jogos, pois no rachão ele faz a propaganda: é o goleador. Pelo menos nas suas "exageradas" contas.
- Estava precisando fazer gols nos jogos. Mas no rachão sou artilheiro, tenho 485 gols (risos). Faço uma média de dois por jogo, é só ver quantos rachões já disputamos este ano, não tem pra ninguém - brincou o camisa 5.